segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O que gosto neste quadrinho é a idéia de respeito pela pessoa. Fantástico!

Clic no quadrinho para ver maior.




Um Grande abraço

Augusto Cruz

sábado, 9 de fevereiro de 2008


TUDO O QUE SEMPRE PRECISEI SABER, APRENDI COM A MINHA MÃE




Bom, como a gente também precisa relaxar, então, um pouco de humor faz muito bem.
Recebi o texto abaixo e estou repassando porque contém algumas “verdades” (rs). De qualquer forma, Mãe só quer ensinar e espera mesmo que o filho aprenda (rs). Boa leitura!

Observação: Leia também o ouro texto “Dói mais que tapa!” – O lado sério da coisa.

TUDO O QUE SEMPRE PRECISEI SABER, APRENDI COM A MINHA MÃE:


Minha mãe me ensinou a RETIDÃO... 'EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!'




Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS... 'SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'




Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?'




Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO... 'CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!'




Me ensinou a CONTRADIÇÃO... ' FECHA A BOCA E COME!'




Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...'ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!'




Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA... 'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA TU VAI VER SÓ...'




Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS ...'OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'




Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...'SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!'




Minha Mãe me ensinou MEDICINA...'PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE.'




Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL... 'SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!'




Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA... 'VOCÊ É IGUALZINHO AO TRASTE DO SEU PAI!'




Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...'TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?'




Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA... 'UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!'




Minha mãe me ensinou RELIGIÃO... 'MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!'




Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ... 'SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!'




Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'




Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...'VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!'




Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRILOQUIA... 'NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?'




Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...'EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!' Minha mãe me ensinou a ESCUTAR...'SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!'




Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...'SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!...'




Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA... 'JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!'




Minha mãe me ensinou os NÚMEROS... 'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!'




Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...'QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER.'




'Brigado' Mãe...




Minha mãe me ensinou a VALORIZAR UM SORRISO...'ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!'


Um grande abraço

AUGUSTO CRUZ



(85) 9619.1215
augusto.cruz@uol.com.br
Orkut - Augusto Cruz
Msn: augustocruz1007@hotmail.com
Veja também: http://augustocruz.zip.net/




DÓI MAIS QUE TAPA

AMEAÇAS, CHANTAGENS, COMPARAÇÕES, MENTIRAS E HUMILHAÇÕES.
(TEM COISAS QUE NUNCA DEVEM SER DITAS A UMA CRIANÇA.)

Palmada dói, beliscão também, puxão de orelha é horrível e surra então, nem se diga. Mas o que poucas pessoas se dão conta é que as palavras também machucam. Podem doer, humilhar, provocar medos e causar muitos danos. Ninguém sai ileso de agressões verbais sarcásticas, chantagens, comparações e ameaças, principalmente quando elas vêm de pessoas queridas, nas quais depositamos confiança. Travestidas de desabafos, essas frases têm o poder de abalar o amor próprio, a coragem e a iniciativa de qualquer um, e quando se trata de uma criança, podem causar estragos irreversíveis para a auto-estima dela. A armadilha é que são ditas pelo pais em momentos de tensão e seu sentido destrutivo passa facilmente despercebido. Então, o melhor é ficar atento e morder a língua antes de dizer à criança alguns desses impulsivos ataques verbais.


COMO VOCÊ É LERDO! Se você falar a uma criança que ela é lerda, boba, ou uma “peste”, esteja certa de que ela “vestirá a camisa”, ou seja, corresponderá ao rótulo que lhe está sendo atribuído. Faça o contrário: enalteça suas qualidades. Para a criança, a palavra dos pais é lei.

BEM FEITO! Falei que você ia se machucar... Tudo bem, a criança errou e já está pagando um preço por isso: sente dor. Assim, não precisa ouvir uma bronca tão maldosa. A experiência mal-sucedida pode e deve servir de lição para o futuro. Por isso, primeiro acolha a criança e cuide do machucado. Transforme o fato numa experiência construtiva e não imobilizadora. Afinal, é errando que se aprende.

ESPERA SÓ O TEU PAI CHEGAR. Essa frase é um verdadeiro atestado de fragilidade. A mãe que diz isso não pode se queixar de que os filhos não a respeitam. Com frases assim, além de perder a própria autoridade, a mulher transforma o marido num algoz, a quem os filhos devem temer.

MAMÃE VOLTA RAPIDINHO. Usar esse tipo de artifício para amenizar a culpa na hora de sair e não ver o filho chorar só aumenta a ansiedade da criança. Ela percebe a insegurança da mãe e sente-se extremamente fragilizada, com medo de ser abandonada de fato. O melhor é relacionar seu retorno a algo que ela entenda claramente: “mamãe volta na hora do jantar”, por exemplo.

A VACINA NÃO VAI DOER NADA! Nada pior do que negar a realidade. O que os pais precisam dizer é que a vacina pode doer um pouco, sim, mas evita doenças perigosas. Se a criança for bem informada sobre o que está acontecendo a ela, vai se sentir segura e mais calma para enfrentar uma dor ou desconforto.

SE NÃO SE AGASALHAR VAI TOMAR INJEÇÃO. Ameaças em geral são verdadeiros desastres em matéria de educação. No caso da injeção é ainda pior, porque, de repente, o feitiço volta-se contra o feiticeiro e os pais se vêem obrigados a convencer o filho, diante de uma doença, que a injeção que o médico receitou não é tão ruim assim.

NÃO VAI LÁ QUE TEM BICHO-PAPÃO! Incutir medo é a forma que muitos pais encontram para manter os filhos grudados aos seus pés. Revela na realidade, o medo que eles próprios sentem de ver as crianças crescendo e se tornando independentes. O resultado é previsível: filhos medrosos, inseguros e, às vezes, preconceituosos, pois, além do bicho-papão, frases desse gênero costumam eleger a figura do mendigo ou do “homem do saco” como vilões.

VOCÊ NÃO FAZ NADA DIREITO! Ou será que foram os pais que não ensinaram da maneira correta? Ao ouvir uma frase desse tipo, é óbvio que a criança se sente incapaz. Mas os erros dela podem ser resultados da incapacidade do adulto de se comunicar numa linguagem acessível. Além disso, cada criança tem um ritmo para aprender e sua capacidade jamais deve ser subestimada.

NÃO FEZ MAIS DO QUE A OBRIGAÇÃO. Essa é uma frase perfeita para transformar uma grande conquista da criança numa triste decepção. Diante do próximo desafio, é mais do que certo que ela não tenha o menor desejo de se esforçar.

PÁRA DE CHORAR, MENINO! Se não há dor, nem fome, nem cansaço, é provável que o choro seja uma forma de chamar a atenção. Procure ouvir o que a criança está tentando dizer e atenda à sua solicitação na medida do possível. Claro que ela também precisa entender que a disponibilidade e a paciência do outro têm limites. Ou seja, se mesmo satisfeita ela continua a chorar, os pais têm todo o direito de mandá-la parar, de maneira tranqüila, mas firme.

DEPOIS EU LEVO VOCÊ... Nunca prometa algo que você não possa cumprir. Para criança, a palavra dos pais é lei. E se você de fato tem intenção de levá-la ao lugar prometido um dia, especifique a data. Adultos estão acostumados a lidar com o tempo relativo, crianças não. Ou seja, para elas, o “depois” pode ser o minuto seguinte e elas se frustarão se não acontecer o que os pais prometeram. Promessa não cumpridas representam um duro golpe na relação de confiança entre pais e filhos.

TÃO TEIMOSO QUANTO O PAI. Pai e mãe são modelos a serem seguidos. Por isso, é sempre bom destacar as qualidades de cada um deles, não os seus defeitos. Mas o ideal mesmo é evitar comparações. A criança pode se sentir presa a um modelo, o que impede o desenvolvimento de sua própria personalidade.

SEU PAI NÃO PRESTA, ELE NEM VEIO TE VISITAR! Usar o filho para descarregar a raiva contra um ex-companheiro é mais comum do que se pensa. Isso não quer dizer o que o casal precise fingir que ainda se ama, pois os filhos são suficientemente espertos para perceber que não existe mais amor entre os pais. Mas eles precisam saber que continuam a ser amados da mesma maneira pelos dois. Do contrário, podem até desenvolver a fantasia de que são culpados pela separação.

DE QUEM VOCÊ GOSTA MAIS: DO PAPAI OU DA MAMÃE? Perguntas desse tipo têm o único objetivo de massagear o ego do adulto e acabam gerando um conflito para o qual a criança não está preparada. Entre os três e os cinco anos, os pequenos desenvolvem uma atração inconsciente pelo genitor do sexo oposto, o que é natural e importante para a formação de sua identidade sexual e amadurecimento psíquico. Pode ocorrer também que, no momento da pergunta, eles tenham acabado de levar uma bronca do pai, e obviamente, estejam gostando muito mais da mamãe. Seja qual for a situação, qualquer resposta vai despertar um sentimento de culpa na criança.

OLHA QUE O PAPAI NOEL NÃO TRAZ PRESENTE... Comprar o bom comportamento é literalmente, um mau negócio. É por meio do exemplo recebido em casa que seu filho deve construir seus valores morais e éticos, independente das vantagens materiais que possa obter deles.

SUA IRMÃ VAI TÃO BEM NA ESCOLA E VOCÊ NÃO. Nada mais inadequado do que comparar qualquer desempenho ou atitude do seu filho com o de um irmão. Claro, ele ficará enciumado, perceberá o irmão como um rival e não melhorará sua performance nos estudos a partir disso. Ao contrário, provavelmente vai sentir-se inseguro e pouco estimulado. E, de quebra, ainda pode resolver marcar a “diferença”, piorando seu desempenho. Lembre-se: nenhuma criança é igual a outra, mas todas podem ser incentivadas a desenvolver seu próprio potencial.

NÃO SEI E NÃO ME AMOLA! Muitos pais temem passar uma imagem de fragilidade para a criança e disparam logo uma frase agressiva para não reconhecer sua ignorância em determinados assunto. Seja honesto. Você pode dizer que não sabe, mas assim que tiver tempo, vai pesquisar. Ou, melhor ainda, chamar seu filho para pesquisarem juntos.

VOCÊ É CRIANÇA, NÃO ENTENDE DISSO. Pode até ser que o assunto em discussão não devesse ser comentado com as crianças. Nesse caso, elas nem deviam estar presentes na conversa. Mas, se isso ocorreu, procure esclarecer suas dúvidas da melhor maneira que puder.


Fonte: Revista Crescer. Ed. Globo, jan. 1998, No 50, p.46-48

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

Por Augusto Cruz

A comunicação de uma forma geral, é peça de fundamental importância para quem leciona, seja qual for a matéria e é o meio que temos para trabalhar as informações da disciplina que lecionamos, o conteúdo. Mas a comunicação não-verbal, influencia diretamente na formação
Lamentavelmente, algumas pessoas que “estão” professores, não compreendem bem essa importância, daí nos deparamos com problemas no ensino, que na verdade, são problemas de comunicação, gerando problemas sérios na formação dos educandos.
Aquilo que é dito é muito importante, mas, a forma como é dito pode modificar totalmente o significado da mensagem.
Clarice Michelan, em seu texto “Como entender a linguagem corporal”, nos diz o seguinte: “Estudos lingüísticos concluíram que as palavras correspondem a apenas 7% da comunicação. Já a voz, o tom da voz, e o jeito de dizer as coisas equivalem a 43%. Agora, surpreendentemente, a linguagem corporal transmite cerca de 50%, ou seja, metade da mensagem recebida pela outra pessoa”.
Comecemos com um exemplo onde só a interpretação da mensagem já causa confusão. Uma ex-aluna minha da universidade, professora em uma escola de um município do interior do Ceará, me contou o seguinte: falava-se sobre neve durante a aula, daí uma criança aluna dela disse “professora eu já vi neve. Eu vejo neve todo dia.” A professora, surpresa com a afirmação da criança, perguntou curiosa, onde ela via neve, a menina respondeu: “no congelador da geladeira lá de casa.”. Tem lógica! Ela deve ter escutado que neve era gelo, se a geladeira dela tem gelo, e neve é gelo, então ela vê neve todos os dias. Precisamos ter cuidado com a forma como passamos certas idéias para nossos alunos.
Um exemplo mostrando a força dos gestos, quem nos conta é Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia: “Às vezes, mas se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo. O professor trouxera de casa os nossos trabalhos escolares e, chamando-nos um a um, devolvia-os com o seu ajuizamento. Em certo momento me chama e, olhando ou re-olhando o meu texto, sem dizer uma palavra, balançando a cabeça numa demonstrarão de respeito e de consideração. O gesto do professor valeu mais que a própria nota dez que atribuiu à minha redação. O gesto do professor me trazia confiança ainda, obviamente desconfiada de que era possível trabalhar e produzir” (FREIRE, 1996).
Levando em conta essa força que a comunicação não-verbal tem, podemos pensar que, se fosse ao contrário, fisionomia e gestos negativos, também marcaria, só que negativamente, podendo inclusive gerar um trauma.
Outro dia ouvi um relato de uma aluna da educação infantil que tentava mostrar seu desenho para a professora, e que a “tia” insistia em dizer que estava muito bonito, sem sequer olhar direito para o desenho, só que a menininha percebeu e disse “Tia a senhora acha bonito e nem viu que no desenho eu estou matando a minha mãe.” Essa doeu!
Ela percebeu que, embora a professora respondesse, não estava lhe dando a atenção necessária. Não estava inteiramente no processo de comunicação.
Um outro fator é quando o pai ou a mãe, diz para uma criança falar baixo, pois está fazendo muito barulho. Só que diz isso, aos berros, gesticulando com o dedo em riste e a fisionomia fechada, em tom de ameaça. A criança ouve a mensagem, mas o que fica gravada é toda a comunicação gestual e o tom de voz do seu interlocutor. Seria, claro, mais coerente, se isso fosse dito em tom de voz suave, o adulto se baixando para ficar da “altura” da criança e, embora dito com firmeza, mas com uma expressão fisionômica aberta, tranqüila. Isso se chama coerência.
Não há mais lugar para o “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”.
Um sorriso sarcástico, uma piada de mau gosto, colocar o aluno em situação constrangedora, um olhar de desaprovação diante de um trabalho que, apesar de não estar totalmente correto, mas precisou de esforço para ser feito. Tudo isso marca e marca profundamente.
Muito mais teríamos a exemplificar, mas prefiro deixar um espaço para que façamos nós mesmos, eu e você, uma reflexão sobre como nossa comunicação, principalmente a não verbal, está atingindo, influenciando, marcando a formação de nossos alunos.

Um grande abraço e sucesso para você.

Augusto Cruz
(85) 9619.1215

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O MESTRE E O DISPARO FATAL

Recebi o texto abaixo de um amigo e como o achei fantástico, não posso deixar de compartilhar com você.



Um grande abraço



Augusto Cruz



Ser professor do ponto de vista da população é apenas uma fase na carreira de um profissional até que ele estabilize economicamente em outra profissão relacionada à sua graduação. O pior, é que isso é meia verdade. Vários “dadores” de aula utilizam indevidamente o título de professor durante um determinado tempo à espera de sua realização em outra profissão.
Com isso, o verdadeiro professor sofre, lendo e ouvindo, o que não deseja o que magoa e até constrange.
Qual o professor não ouviu? “Você ainda está dando aula?”. “Puxa vida, fui seu aluno há muito tempo atrás, como você agüenta”. “Professor, você está dando aula para o meu filho, já esta na hora de aposentar, né?”
Essas frases dignas de Galvão Bueno são ouvidas rotineiramente pelos mestres que pacientemente respondem com um sorriso, que dá ao interlocutor a idéia de concordância.
A primeira vista são frases banais ditas por ex-alunos que desejam simplesmente aproximar do antigo professor, são frases carregadas de preconceito sobre o magistério, nelas estão implícitas o pensamento geral da Nação: “Professor não é profissão, é bico”.
Muitas vezes o professor em uma roda de amigos é apresentado a alguém. Conversa vai, conversa vem, o novo conhecido faz o disparo fatal:
- Você é médico (advogado, engenheiro, jornalista, etc.)?
- Não, sou professor.
- Aaaaaah, “mas você só dá aula, não trabalha não, né?”.
Esse diálogo “mata mais do que bala de carabina e muito mais do que estriquinina”.
Mas não sofra, relaxe e aproveite a sua vida e seus momentos futuros e glória, pois possivelmente ainda será lembrado por um político em campanha eleitoral ou por alguém em seus quinze minutos de fama na televisão (Programa do Gugu, Faustão, Hebe Camargo, etc.) dizendo que você foi o professor preferido.

Domingos Arantes
(Professor, Acadêmico de Direito,
e contador de “causos” nas horas vagas)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O MENININHO

Era uma vez um Menininho. Ele era bastante pequeno. E ela era uma grande Escola. mas quando o Menininho descobriu que podia ir à sua sala, caminhando através da porta da rua, ele ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Uma manhã quando o menininho estava na escola, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
Que bom! – pensou o menino. ele gostava de fazer desenhos. Ele podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos; ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
- Esperem! Ainda não é hora de começar! E ela esperou que todos estivessem prontos.
- Agora! disse a professora – Nós iremos desenhar flores.
Que bom! – pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a desenhar flores com seu lápis rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha, com caule verde.
- Assim, disse a professora – agora vocês podem começar.
Então ele olhou para a sua flor. Ele gostava mais de sua flor, mas – não podia dizer isto. Ele virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse:
- Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro.
Que bom! – pensou o menininho. Ele gostava de barro.
Ele podia fazer todos os tipos de coisas com o barro: Elefantes, camundongos, carros e caminhões. E ele começou a juntar e a amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
- Esperem não é hora de começar. E ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora disse a professora, nós iremos fazer um prato.
Que bom! – pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as forma e tamanhos.
A professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como se faz. E ela mostrou como fazer um prato fundo. – Assim, disse a professora, agora vocês podem começar. O menino olhou para o prato da professora. Então olhou para o seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato de que o da professora. Mas ele não podia dizer isso.
Ele amassou o seu barro numa grande bola, novamente, e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo. E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar, e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo, ele não fazia mais coisas por si próprio.
Então aconteceu que o menininho e sua família se mudaram para outra casa, em outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola.
Esta escola era ainda maior que a primeira. E não havia porta da rua para a sua escola. Ele tinha que subir grandes degraus, até sua sala.
E no primeiro dia, ele estava lá, a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
Que bom! – pensou o menino, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse nada. Ela apenas andava na sala. Veio até o menininho e disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim, disse o menininho, o que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça, disse a professora.
Como ou posso fazê-lo? – perguntou o menininho.
- Da maneira que você gostar, disse a professora.
E de que cor? – perguntou o menininho.
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o quê? E qual o desenho de cada um?
Eu não sei, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma for vermelha com caule verde.